Eu, Dirce Monteiro já faço parte do VII Projeto Beija-flores na Era de Aquário sendo uma das guardiãs e deixo aqui a minha homenagem ao projeto:
De passo em passo,no compasso de um beija-flôr.
Entre arranha-céus, buzinas de carros e o vai e vem das pessoas, muitas coisas passam desapercebidas. Não observamos a paisagem pela janela, quase sempre estamos mergulhados no caos de nossos pensamentos, nos embriagamos com o cheiro da fumaça, nos viciamos com a correria do dia a dia. Mesmo parados o coração acelera, e a mente fica congestionada de informações...
Quando surge um arco-íris em meio as cidades, poucos contemplam essa beleza, não há tempo... para parar... e prestar reverência ao ETERNO. Normalmente os olhos estão voltados, às vitrines de lojas, ou placas de ônibus..., é sempre alguém indo, é sempre alguém vindo, e sempre há alguém ficando por não ter aonde ir, mas tudo acontece bem ao nosso lado, e parece que não damos nenhuma importância, não se houve um simples olá, um bom dia, uma boa tarde, ou uma boa noite, as pessoas não mais se percebem, com rostos sérios, frios e distantes, as vezes um sorriso amarelo, as vezes rostos sem expressões, marcas perdidas nos abismos das frustrações e desilusões. Medos, fobias, ansiedade, timidez, tudo fica misturado sem identidade e sem endereço.
Mas, de repente, em meio as cinzas aparecem borboletas e tudo fica um pouco mais colorido, mas elas não trazem apenas o colorido de suas assas, como companhia um colibri todo faceiro, não se preocupam com as coisas fúteis que vê a frente, que na verdade não sabem nem para que servem; cá entre nós, acho que nem mesmo sabemos se realmente precisamos de tantas coisas que só nos levam a dívidas, a competições desnecessárias e a um consumismo desenfreado, depois enjoamos; trocamos; abandonamos, e jogamos fora, e o pior , continuamos insatisfeitos e querendo ainda mais e não percebemos que com isso nos tornamos escravos da aparência e vaidade. Pois bem, em meio a tantas coisas que reluzem e que o colibri sabe muito bem que não é ouro, ele busca incansavelmente o que realmente lhe interessa: beijar a flor.
Pobre colibri, só não voa solitariamente, porque tem como amigas de vôo as lindas borboletas. Sem cansar, a procura do seu néctar, voa para lá e para cá, para cima e para baixo, e eis que encontra a sua frente, flores coloridas, prepara seu longo bico e começa a sugar, paira no ar, batendo as assas 50 vezes por segundo, o único exemplar da criação, é capaz de voar de costas, de tão magnífico, sua aerodinâmica foi copiada. Para o colibri parece que o tempo para. E as pessoas? Algumas param e até apontam, admiradas por sua delicadeza e encantamento. Mal sabe, coitadinho, que esse pode ser seu último vôo. Porque fora iludido com algo artificial, “um matadouro”, um bebedouro que fora feito por mãos imperfeitas, colorido e saboroso, mas mortal. A falta de informação e principalmente o descaso do homem, esta destruindo cada dia o seu meio. Esse amigo visitante, procura jardins coloridos, mas nós o enganamos com flores artificiais.
Infelizmente somos assim, muitas vezes nos enganamos para nos sentirmos felizes.
Devemos parar e entrar no compasso do beija -flor, porque estamos vivendo momentos difíceis. O mundo do colibri é despreocupado, se abastece com a energia do sol e com o alimento da manhã, de flor em flor trabalha como polinizador incansavelmente, construindo seus ninhos em forma de taça, e ao dormir, desfalece sem culpa, sem medo do que está por vir, cambaleia até cair ao chão, muitos que o encontram pelo caminho enterram achando de morrera, apenas dormira o sono dos justos.
Quantos de nós caminhamos cambaleando acordados, construindo casas sem estruturas e alicerces fortes e com insônia profunda virando a noite.
Ao olharmos a natureza, vemos o CREADOR, conversando e nos ensinado , assim como os colibris, o sentimento mais profundo , e a sensibilidade esta morrendo . Devemos acordar para a vida, antes que ela se acabe e de passo em passo entrarmos na sintonia do compasso do beija-flôr. Amigos ilustres se aproximam e se vão, essa é a maior prova de amor; dar liberdade e autonomia, nossa única função é cuidar para que mesmo em meio aos aranha-céus eles não encontrem OS BEBEDOUROS ARTIFICIAIS OU SEJA MATADOUROS DE NOSSOS BEIJA-FLORES, somente assim borboletas e colibris virão brindar a vida, tornando-a mais meiga e colorida.
Fazendo taça, enchendo de graça, protegendo seu ninho,
Polonizando de flôr em flôr, vai beijando e se alimentando com amor.
Rapidinho, bonitinho, ninguém segura este exemplar único .
Batendo as asinhas, voando de ré, de marcha ré...
SUGANDO O NÉCTAR, ENFEITANDO E ENCANTANDO A NOSSA MAJESTOSA MÃE NATUREZA , dando um sentido mais humanizado e REAL .
Sua plumagem reflete o arco-íris, também nossas pedras preciosas, e as cores do amor.
Lá vai o beija flor, em mais uma linda flor.
OBS: Parte do livro (Mulheres em 3 D) à ser lançado em breve
AUTORA: DIRCE MONTEIRO
PROFISSÃO:PEDAGOGA E PSICOPEDAGOGA
Projeto de Recreação Educaional e Brinquedista no qual atuo com o pseudonimo de GOGA, em festas infantis, em eventos e feiras. – Contato: 11-8466-2072